CATAGUASES

Sempre enrolei para falar sobre Cataguases, município mineiro, na Zona da Mata, de fácil acesso para quem está no Rio de Janeiro ou em Belo Horizonte. Juiz de Fora, então, está ali colado.
Sempre enrolei porque sabia que seria um post bastante tendencioso.
Eu gosto de ir lá. Gosto de suas ruas, da sua Igreja, da sua arquitetura, da sua estação de trem, da ponte velha, que parece tão alta na época da seca e tão baixa na época de cheia. Gosto dos seus painéis, do clube do remo, do centro da cidade.
Amo especialmente várias pessoas que ainda residem lá e que visito e encontro mil vezes menos do que gostaria.
Post difícil porque em cada linha segue a saudade que estou de lá.
Pois bem, fiquei um tempo sem ir a cidade e quando voltei me hospedei ho Hotel Cataguases.
Foi muito bom. O hotel é protegido pelo IPHAN então guarda todas as características de outrora. Não tem elevador, mas uma escada larga, de madeira.
Guarda seus móveis antigos que parecem novos. Muito bom para se hospedar.
Tem coisa mais linda do que conhecer a Igreja de Santa Rita de Cássia, seus painéis de Cândido Portinari, com o sino que continua a tocar, décadas após décadas e que sempre nos acordava para assistir a missa de domingo com a avó, não importando a hora que chegasse do baile de sábado.









Na avenida larga e bonita, frondosa, tudo parecia acontecer.





Dali, um pulo nos levava ao Colégio Cataguases, que fica no alto do morro, que a gente subia e descia como loucas de bicicleta, só para ver um projeto escondido de Oscar Niemeyer.


Até Chico Buarque estudou naquela escola.



Bom andar a pé pela rua do comércio e seguir até a estação de trem, com linha cruzando o meio da cidade. Sem qualquer proteção um trem de carga pode chegar  e atropelar um desavisado.
Para quem gosta de passeios ecológicos, há um horto florestal e cachoeiras perto da cidade.
A arquitetura mordenista está por toda parte, assim como painéis espetaculares, tudo a vista, não precisa pagar.
Então, não é uma boa ideia passear pelas ruas de uma cidade e encontrar Niemeyer, Burle Marx, Portinari, Djanira, Anísio Medeiros, Bruno Giorgi, entre tantos outros. 


Comentários

Postagens mais visitadas